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INOCÊNCIA

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INOCÊNCIA
 
A pura inocencia vive, perdura como o cerne que teima em permanecer rígido, forte, colossal, embora o passar dos anos mostre a resistência aos olhos daqueles que admiram o simples, o normal, o belo, distante do artificial.

A inocencia continua presente entre nós, uma maravilha, basta olharmos a nossa volta e, com certeza ela aparece assim, sem mais e sem menos.

É preciso parar para ver, parar mesmo, porque na correria com a cabeça a mil não dá para apreciar a inocencia, na sua essencia, na expressão mais natural possível, desapegada e despojada de artifícios.

Ela é perceptível nos sorrisos, nos gestos, no jeito de andar, de se comunicar, no trato entre pessoas, no doar e ser prestativo, nas pessoas bondosas que não conseguem enxergar a maldade que campeia em todo e qualquer lugar, no desabrochar da flor que encanta o jardineiro, pelo seu esplendor.

Ela é despretensiosa por si só, sem macula, um diamante em estado bruto, um lago ou corredeira de águas cristalinas, um local calmo em meio às pedras e verdes das matas, e sons dos cantares dos pássaros multicoloridos, do farfalhar das folhas, dos animais, distante do mundo moderno, longe da hipocrisia.

Pois é sentimos a inocencia de perto quando nos é permitido ver na sua plenitude, naquilo que existe de sagrado, a criança.

A criança um ente presente para o futuro, recebe a luz ao vir ao mundo desconhecido e, inocente começa a aprender a ser gente. Mas, no percurso até chegar à fase adulta leva muitas “cacetadas”, durante o aprendizado.

Mas como dizíamos, a inocencia vem aos olhos quando nos deparamos com crianças em direção, ao encontro do velho barbudo (barba branca), de cabelos brancos e longos, em trajes vermelho e branco, e botas pretas. Ah! Na cabeça uma espécie de gorro, nas cores encarnado na maior parte e branco nas extremidades.  Sim, o Papai Noel recepcionando meninas e meninos. O Natal está próximo. Crianças gostam de ganhar presentes. Mas, nem todas são contempladas, infelizmente.

E que tanta alegria! Os pequeninos, com expressões de contentamento em ver e poder se aproximar do bom velhinho, conversar e ter a possibilidade de abraçá-lo, e mesmo sentar no seu colo e posar para a fotografia.

Luciana Calaúto Alves/Arquivo pessoal

O comportamento das crianças nos inebria e, como num passe de mágica, passa um “filme” na mente cujo título é NATAL.

E, nessas ocasiões a criança que há em nós vem à tona querendo se manifestar, mas o tempo já é outro, só resta recordar e constatar a inocência presente nas crianças agarradas no Papai Noel, todas eufóricas.

E faz nos lembrar das palavras de Jesus: “vinde a mim as criancinhas…”.

É a inocencia por completo, puríssima, na terra globalizada. A emoção toma conta, lágrimas, sorrisos, ninguém segura, contagia, é dezembro período de festas.

O mundo encantado é das crianças, com todo direito que elas têm, por serem o símbolo da inocência.

Salve o dia das Crianças!

Nelson Vieira**Secretário Estadual de Educação e Cultura do GOB-MS, membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul, da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves – POA, correspondente da Academia Rio Grandense de Letras – RS e da Associação Internacional de Poetas.